segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

INGRATIDÃO




Outro dia estive conversando com um amigo, e ele me falou: Padre Robério escreva sobre ingratidão. Perguntei, mas que tipo de ingratidão, de modo geral? Então lembrei Jesus Cristo, quando disse: “hoje um dos que come  no meu prato me trairá”( Mateus 16: 23). Os soldados já o procuravam para prendê-lo,  Judas – o traidor, já havia o vendido por trinta dinheiro, aquele a quem eu beijar é o Cristo.

A ingratidão é o espirito mau que habita em todas as raças e povos, civil ou militar, religiosos ou pagãos, instituições política, dentro da família, casais, irmãos, ricos, pobres, feios, bonitos, etc.

Quando uma pessoa diz: eu te amo, fico triste, está mentido, existe um provérbio no meio do Direito que quando um casal de jovens se enamoram  diz: meu bem, meu bem, quando estão se separando diz: meus bens.

Vamos entrar no âmago da palavra, certa vez me confrontei com esta maldita serpente, a ingratidão, recém-formado, muito feliz, quando tinha um pouco de tempo ia ao encontro dos amigos e me divertia muito. No meu dessa felicidade, a ingratidão me abraçou e não me soltou mais, corri para todos os lados e não tive mais saída, a ingratidão foi morar comigo.

Quando procurei amigos, desapareceram, aqueles que me beijavam, não os vejo mais, a família sumiu os padres, desapareceram todos, tornei-me um leproso social.
Lembrei-me do poema de Drummond de Andrade: “sozinho no escuro, qual bicho-do -mato, sem teogonia, sem parede nua pra se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha José, José para onde?

A bebida não cura a solidão, a droga cada vez mais leva o sujeito fazer a  vontade dos inimigos, podemos afirmar que existe um balsamo para curar toda a solidão, toda a ingratidão, todo o desespero, aquela palavra que Jesus disse: a tua fé te curou(Marcos 5:34). E Jesus ainda afirma: “eu sou o caminho, e a verdade e a vida, aquele que crê em mim será salvo”(João 14:6).

Padre José Robério Felipe

Juazeiro do Norte (CE), 08 de Fevereiro de 2016.