Uma mãe tem vários
filhos e só quer bem a um, como fez Rebeca com Isaú e Jacó, chegando ao ponto
de roubar a primogenitude de Isaú e doou a Jacó, mesmo correndo o risco de Isaú
matar o seu irmão Jacó. (Gêneses 25, 26:30).
Todas as mães são
assim: acontece que às vezes o ciúme é exagerado, a mãe, fica viúva e quer
escravizar o filho para tê-lo ao seu lado, o único meio é tornar o filho padre
e começa a incentivar por meios de elogios a vida sacerdotal: como um padre celebrando
é bonito. Quando uma mocinha se aproxima de seu filho, a mãe diz logo: saia de
perto do meu filho que ele vai ser padre e enfim consegue ordenar o seu filho
padre, era o que ela queria, mas na verdade o padre gostaria de se casar e ter
uma família. Desse modo o padre vai ser frustrado para o resto da vida.
Em mil novecentos e
oitenta e três um Monsenhor ia comemorar sessenta e cinco anos de vida
sacerdotal, um seminarista da linha da Teologia da Libertação e seguindo a
linha Petista, comentou: sessenta e cinco anos
de vida sacerdotal perdida. O nosso Reitor respondeu: se ele fez muito ou quase
nada, mas conseguiu viver esse longo tempo, será que você quando se ordenar vai
conseguir viver pelo menos um ano de vida sacerdotal? Então o jovem se ordenou
e só conseguiu viver seis meses e casou-se.
Vida religiosa, vocação, negócios ou interesse?
Desde
primórdios dos tempos, o panorama traçado também na vida das mulheres na
sociedade, era de submissão, o valor do filho homem era maior que o da filha mulher,
muitas vezes não era considerado como filha, mas como objeto de negociação, as
relações se configuram sempre como desvantagens para elas.
Como
no caso bíblico em que Labão e Jacó negociaram o casamento das filhas de Labão:
“Depois disse Labão a Jacó:
Porque tu és meu irmão, hás de servir-me de graça? Declara-me qual será o teu
salário.
E Labão tinha duas filhas; o nome da mais velha era Lia, e o nome da menor Raquel.
E Labão tinha duas filhas; o nome da mais velha era Lia, e o nome da menor Raquel.
Lia tinha olhos tenros, mas Raquel era de formoso semblante e formosa à vista.
E Jacó amava a Raquel, e
disse: Sete anos te servirei por Raquel, tua filha menor. Labão diz, me servirá por sete anos. (
Gênesis, 29:15-18).
Na Idade Média, a quantidade de mulheres enclausuradas nos conventos, não era por “ mal de amor”, mas por imposição da família, para proteger os dotes.
“
Quando o valor do dote colocava em perigo a
estabilidade patrimonial familiar, afim de diminuir o numero prováveis
de casamentos, os pais ou chefes da casa, enviavam as jovens aos mosteiros para
que se tornassem Freiras(...) a diminuição de solteiras aptas ao matrimônio
protegiam os bens, já que não havia necessidades de dotá-las ao casamento(...).
Assim de todos os lados, os processos de transmissão de bens determinaram o
destino das mulheres”( Macedo,2002).
Atualmente
o matrimônio se tornou um negócio, casa-se por classes sociais idênticas, por
condições financeiras, culturais, sexuais, conchaves políticos e a exemplo
do Green Card, que beneficia a cidadania
americana para quem se casa com cidadão daquele país, mas sabe-se de muitos
casamentos foram “arranjados” para adquirir o referido cartão.
Padre
Robério Felipe.
Juazeiro
do Norte(CE), 19 de Julho de 2015.
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MACEDO,
José Rivair. A mulher na Idade Média. 2.ed. Rio de Janeiro: Contexto, 2002.