sábado, 27 de dezembro de 2014

COMO DEUS É BOM - MAS PRECISAMOS CRÊ NELE.

Descartes começou sua filosofia com uma celébre frase: “se penso, logo existo”. Todos nós sabemos e não podemos negar que a Grécia foi o berço da filosofia e da cultura, que chegou até nossos tempos. Sócrates dedicando sua filosofia  e iluminando como marco principal a parteira, sendo ela que ajudava no nascimento, facilitando a criança a enfrentar um novo mundo que lhe esperava, separando as duas vidas, o filho da sua mãe, tornando esse rebento semelhante ou mais forte do que a mãe e o pai, que lhe geraram, dessa maneira, toda cultura, filosofia e mitologia tornaram o mundo filosófico ocidental escravo do mundo grego.
Com muito amor e dedicação a sua pátria, surge no nordeste brasileiro, através da sua literatura, uma nova filosofia mitológica separando assim, a filosofia grega da   latino americana.
Quem foram essa nova mãe e esse novo pai? Quem foi essa nova deusa? Foi uma mãe cearense, a índia Iracema. Foi esse berço que acalentou essa nova cultura nordestina, que abriu essas novas entranhas, fazendo nascer uma filosofia que respirasse o novo ar, que se alimentasse desse mel, desses frutos, deste rebanho que ofereceu gorduras para o seu fortalecimento.
Em que berço repousou e foi acariciada  essa nova filha? Foi na nossa bonita terra, a Terra do Sol, onde cantou a Jandaia nas frondes das carnaúbas, e refrescou o seu corpo pela primeira vez na praia de Iracema nome homenageado a sua própria mãe.
Essa nova filosofia já existente de um povo nato, porém desconhecidos do mundo grego, que costeando de norte e nordeste do país, e encontrando-se com o rio Amazonas, surgiu também uma nova filosofia  mitológica, através de um deus já existente, o boto encantado, residente nas águas desse rio e afluentes, em que as viúvas e moças não encontrando seu príncipe encantado, e querendo dar continuidade a sua geração, iam a procura desse deus, que fertilizava as mulheres, fazendo nascer  filhos, dando origem um novo povo, e um novo mundo, com sua própria cultura, seu mundo filosófico e mitológico, seus deuses e suas lendas.
Fazendo assim surgirem, as duas mães irmãs, que dormiram no mesmo berço, mas são separadas até hoje em duas filosofias: a grega e latina americana.

Deus é bom e Deus faz nascer.
Feliz ano novo.

Juazeiro do Norte (CE), 27 de Dezembro de 2014.


Padre José Robério Felipe

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

VALENTIA, BONDADE E SANTIDADE, PARA COMEÇAR TIRE A METADE.

Lembrando outro dia, quando estava na caserna e naqueles dias que a bruxa está solta, que não deixa ninguém em paz, se procura toda solução para conter tanta confusão e não se encontra resposta, foi quando um soldado começou a falar do chefe, o chefe falava culpando os subordinados, os subordinados não tendo mais o que fazer, começou a criticar o mundo, nervoso disse o soldado: estou certo que valentia, bondade e santidade, para se começar, tirem a metade, todos riram e os ânimos foram controlados.
Recordei-me nesse momento de um escritor, Péricles de Andrade Magalhães (o criador do “Amigo da Onça”), quando falava dos caçadores que se encontraram numa floresta. Um começa a perguntar ao outro:

“  Se tivesse na selva e chegasse uma onça, o que você faria?
-Dava um tiro nela.
Se você não tivesse nenhuma arma?
-Bom, eu matava ela com o meu falcão.
E se você não tivesse um facão?
- Eu pegava um pedaço de pau.
Se você não tivesse nenhum pedaço de pau e tivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro já irritado, retruca.
Afinal, você é meu amigo ou amigo na onça?”

Na vida a gente se depara com tantos amigos da onça, valentões, que começa a confusão, mas sempre são os primeiro a correrem. Existem aqueles que prometem, fazem juras de amor, beijam, falam frases lindas, são cavalheiros, se perfumam, mudam a voz, usam os olhos com falsetes, até fazem juras, elogios sem fim, abraçam e beijam, mas na hora de cumprir com as promessas, com tantas promessas, propagandas enganosas e depois desaparecem.
Como se podem ver nas televisões, rádios e revistas, os coloridos são os mais perfeitos, artistas que fazem marketing de produtos em rede nacional, que diz voltar a se alimentar  com comidas que há muito tempo não saboreavam, e por causa da grande soma de dinheiro, diz que voltou a usar aquele alimento,  mas no final, não se vê ele ingerir, o referido alimento.
Isso se vê até no meio dos discípulos, a bondade e humildade de Judas – O Traidor, que por trinta dinheiro, entregou Cristo aos soldados, através de um beijo na sua face, com tal pronuncia: “Deus te salve! (Mt, 26, 49-50).
 Entre tantas traições relatadas na nossa história antiga e contemporânea, não podemos condenar apenas Judas,  porque até em nossos dias, existiram e continuam existindo tantos outros Judas, lembremo-nos na nossa História do Brasil, os valentes lutadores, sempre no combate encontraram um traidor, como podemos citar os traídos:  Fernando Calabar - Alagoas;  Joaquim da Silva Xavier - O Tiradentes, Minas Gerais, Zumbi dos Palmares- Alagoas, Virgulino Ferreira da Silva –O Lampião- Sergipe; . Antonio Conselheiro- Bahia; Beato José Lourenço- Barateira( Crato-CE), dentre outros, entre valentia e bondade, foram traídos por chefes, amigos e companheiro.
Atualmente, se pode ver em todos os horários e canais de rádio e televisão, muitos falando ao povo em santidade, bondade e caridade, persuadindo através das palavras santas, mas ao discernir tudo isto, toda esta corridas, este sacrifício não é com a visão de salvar a humanidade, mas com o fim de arrecadar grandes importâncias, ampliar melhor os seus canais de comunicação, aumentar o seu patrimônio pessoal, assim como Judas, se deixou levar pelo o interesse financeiro, para enriquecer o seu comércio e gozar de elogios e fama de sabedoria.
A consciência de Judas, não traindo mais a face de Cristo, mas perdurando através dos nossos líderes, que se houve em grande denúncias através da mídia,  a corrida para o acumulamento  de bens, riquezas diversas, não importando receber as críticas, que maculam a conduta de  líderes religiosos, políticos, artistas, e representantes da sociedade, através da sua missão confiada por Deus aqui na terra, que o povo não esperam deles a traição, mas sim, a humildade, bondade e a santidade, mas continuam agindo como os antigos fariseus, que para fazer prosélitos, recebiam grandes recompensas.
Pensemos primeiro na nossa própria salvação, para não cair nas maldições de Jesus Cristo, lembremo-nos essa passagem em Mateus (23, 27-28): “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda podridão! Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça”.
Não penseis, que os humildes  não estejam vendo tudo isto, o que eles não estão tendo é força para combater tanta hipocrisia.
Voltemos  ao soldado da caserna, que quando não pôde  fazer nada, pelos menos xingou para amenizar o seu desgosto, desabafando e dizendo, estou certo que : VALENTIA, BONDADE E SANTIDADE,  PARA COMEÇAR TIRE A METADE.




terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A RAPOSA E A CACHORRA

Certa vez no pé da Serra do Furtado, no município de Várzea Alegre, um senhor por nome de Vicente Pinto, resolveu criar galinha e assim o fez, e por sua vez resolveu criar uma cachorrinha para proteger o seu criatório que já prosperava bastante. Mas dizem que atrás de um pobre corre um bicho abaixado.
O inverno se aproximou e necessitou da sua dedicação, que fez o Senhor Vicente Pinto, esquecer o criatório de galinha  e deixou a mercê da sua cachorrinha baleia que demonstrou ao Senhor Vicente que suas galinhas estavam indo muito bem.
Para sua tristeza, o vizinho lhe deu notícias das penas das galinhas espalhadas pelo tabuleiro, mas que tudo tem a  primeira vez. Um dia pela manhã o Senhor Vicente Pinto ouviu um grande barulho e correu assustado... era a danada da raposa que pegou uma galinha, mas o Senhor Vivente Pinto estumou a cachorrinha na raposa e o duelo de baleia e a raposa foi grande. Uma hora mais tarde chegou baleia, caminhava lento se mostrava cansada e isto aconteceu por várias vezes. O senhora dos Anjos esposa do Senhor Vicente  Pinto, sentiu falta da galinha grande, a bola de ouro, a Peri, e também do pinto mais famoso que deixara para ser o futuro galo do terreiro, se via penas por todos os lados da casa e da bola de mato que também servia de banheiro para toda a família.
A tristeza já envolvia toda a casa, e a raposa veio buscar sua última  galinha quase dentro de casa, outra vez o Senhor Vicente Pinto estumou a baleia novamente e o duelo foi assustador, quando seu Pedro seguiu a raposa e baleia, para sua grande surpresa, encontrou baleia e a raposa comendo a galinha. Afinal o galinheiro virou pizza, só temos certeza é que  quem  não comeu da pizza  foi o seu Vicente  Pinto e sua família e acabou-se o galinheiro.

Juazeiro do Norte(CE), 02 de Dezembro de 2014.


Padre José Robério Felipe.