domingo, 28 de setembro de 2014

O PIC NIC





Certa vez, quando estudante de teologia, presenciei uma grande discussão, esta que envolvia um teólogo que se preparava para o sacerdócio e um membro da comunidade, confusão essa, que comprometia o futuro desse jovem. Perguntei a mim mesmo, que motivo conduziu a tudo isso, era um debate quando se tratava dos milagres dos pães e dos peixes, que Jesus Cristo alimentou com 5(cinco) pães e 2(dois) peixes, cinco mil homens sem contar com as mulheres e crianças. Fiquei um pouco atônito.
Anos depois, lembrei e comecei a refletir, recordando-me de um pic nic que participei quando criança. Que nossas catequistas nos levaram acima de uma serra, cuja essa, ainda hoje é conhecida pela a serra do Furtado. Ficamos o dia inteiro lá, brincamos muito de “toca”, as meninas brincavam de roda e do “primeiro amor que te dei”, era muito divertido. Ao meio dia as nossas professoras colocando-nos em fila em silêncio, cada um colocou sobre a mesa o que trouxe de alimento, voltamos cada um para o seu lugar e depois todos de volta a mesa, oramos e abençoamos aquele alimento. Todos comeram e ainda sobrou alimento.
E pergunto hoje a mim mesmo, se houve falar através da imprensa, e nos movimentos de base, que falta pão e peixe na mesa da família brasileira. Será que este milagre não acontece todos os dias no meio do povo é porque não existe mais milagre ou porque os homens não sabe partilhar os alimentos?
Existe um provérbio que diz; “no lugar de dá o peixe dê a vara para pescar”, mas esquecem de que as águas estão poluídas e os peixes desapareceram ou morreram e o trigo secou.
Sabe-se que de todos os ângulos que se pode vê, religioso, civil, militar, político e voluntários, lutam através dos meios de comunicação escrita e falada, em uma busca desesperada para solucionar a situação desse povo sofrido que não encontram um pequeno espaço para sobreviver, por que tudo termina naquela velha promessa “venha a nós, a vosso reino nada”, creio que isso acontece por que o homem esqueceu de partilhar os seus bens.

 Padre Robério Felipe
Juazeiro do Norte(CE), 28 de Setembro de 2014.

domingo, 21 de setembro de 2014

Jovens para Futuro


        Desde da infância  o jovem necessita de  orientação para discernir o caminho a seguir. Mesmo tendo tantos caminhos a escolher, e não desvalorizando nenhum desses caminhos, os jovens deveriam seguir aquele que apontam para os dons que já nasceu que agilizam mais a sua mente a construir suas aptidões.
A maior tristeza que eu sinto, é quando vejo tantos jovens se destruindo pelas paixões da vida, estes jovens, lustrosos, fortes e talentosos se deixam guiar pelas drogas, como temos conhecimentos de grandes artistas que fizeram parte da nossa vida.
Vida essa, quando se iludem pela velocidade do automotor, como tem-se presenciado milhares de jovens arrebatados, desperdiçados e dilacerando-se suas vidas.
Outros se levam pelo fim, guiados pelo os caminhos do lucro apressado, no campo das drogas, comércio ilegal, pensando que vão  adquirir  grandes lucros e na realidade os levam aos porões das prisões e seus caminhos são interrompidos para sempre.
Parafraseando Raul Seixas “O hoje é um furo no futuro, por onde o passado começa a jorrar... vi o fim chamando o principio pra poder se encontrar”.
Quando muitos esquecem as fileiras dos colégios e das universidades, que são as luzes da nossa trajetória, esquecendo seu brilhante caminho na sua velhice, e tantas pessoas que deixam de serem servidas pelo trabalho humano, pela a inteligência e sabedoria destes jovens, que podiam servir há tantos que esperam por eles, e tudo ver-se acabado em um momento.
Atualmente ver-se em todas as cidades, universidades, escolas profissionalizantes de portas abertas, oferecendo aos menos privilegiados a tornarem-se bons profissionais em sua vida.
Hoje, como se pode vê, os governantes oferecem bolsa escola, alimentos, fardamentos, transportes para conduzi-los da residência ao estabelecimento de ensino, poucos aproveitam tantas oportunidades oferecidas e entram no mundo da perdição.
Diferenciando do tempo passado, os que tinham pequenas oportunidades de estudos, grandes impedimentos aconteciam em suas vidas, à distância de sua residência para o estabelecimento de ensino mantido apenas pelas entidades religiosas, que muitas vezes, quando mais próxima, podiam se medir mais de 100km de distância, o transporte era feito a costa de burro ou caminhões pau -de- arara, e as universidades existiam apenas nas grandes capitais.
Como eu intercedo a Deus, como gostaria de estar presente a todos esses jovens, e que eles me ouvissem, para que aproveitassem essas grandes oportunidades que o mundo oferece. Por que a sociedade é formada por homens “pensantes”, conforme o filosofo Descartes “Eu duvido, logo penso, logo existo", o mundo não só oferece perdição, o mundo oferece também salvação.
Creio em Deus, que essa visão será vista por todos os jovens, que será o futuro, e que eles não vejam apenas as coisas materiais, mas as espirituais, para que possam ter e participar de um futuro brilhante, que honre o verde e amarelo da bandeira, que oscila no céu, dando oportunidades a todos verem escrito no seu losango “Ordem e Progresso”, que serão o símbolo do nosso futuro.
Padre Robério Filipe
Juazeiro do Norte(CE) 07 de Setembro de 2014.